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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Passado...


Tentamos ser suficientes... Tentamos nos bastar... Nem sempre funciona, nem sempre é capaz de olhar pra si mesmo.  Inverte suas prioridades, inverte os seus sonhos. Às vezes comete o erro de pôr-se imediatamente após todos os outros. Acredita nas promessas antecipadamente descumpridas... Ainda lembra-se de uma frase dita a mais de dez anos, uma frase de uma música que deixa uma lágrima brotar no canto do olho quando ouve. Continua. Ainda que o tempo passe... Hoje olha para algumas de suas histórias à distância, àquela distância permitida pelo tempo, àquela que deveria ter a intenção de curar. Sinto informar que não cura. Uma lembrança guarda-se... Ainda que inconsciente, ela insiste em voltar. Em uma frase que ouve de qualquer outra pessoa, em uma música, em um lugar, um cheiro... Naquelas coisas que afetam os nossos sentidos sem que possamos ter controle. Eu guardo esse meu tempo. Esse que me permite lembrar, reviver... A memória não só gera uma certa nostalgia, ela nos faz observar as coisas de um modo diferente. Assim, o passado não deixa de nos construir, ele não deixa as marcas cicatrizarem... Ele nos permite uma transformação diária. Ele se liga ao nosso presente, ao nosso futuro e, interagindo com eles, nos dá a escolha... Podemos reproduzi-lo ou não. Podemos amadurecer o tempo que nos ocupa. Podemos absorver mais esses sentimentos. Podemos contemplá-los ou podemos vivê-los. Parte da nossa vida é composta pelas nossas escolhas. E elas são construídas ou alimentadas ou questionadas... sem forçar... pelo que vivemos (no passado, no presente e no futuro).