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Reflexo

Me entrego. É pra isso que isso tudo serve. É um jeito de me entregar. De ser capaz de falar “eu”. Tive um medo exagerado em algumas fases da vida, achando que as escolhas erradas me perseguiam. Hoje não consigo visualizar nenhuma escolha errada, o tempo foi cuidando de me ensinar certas coisas, entre os dias mais felizes, entre os mais tristes... Cada uma das histórias ajudou a me compor. A frase clichê de que só me arrependo das coisas que eu não fiz, continua. Ou eu quero que continue. Ainda que cheia de impulsos, de proclamar liberdades, de contar a vida num livro aberto e exposto. Só sei ser assim. Explicita, impulsiva, estourada... sincera [ao menos na maior parte das vezes]. 

Continuo achando que tenho os melhores amigos do mundo. Continuo olhando fotos antigas e revivendo alguns momentos pela memória. Boa parte das pessoas que passaram pela vida deixaram algum tipo de marca. E costumo lembrar delas. Porque, foda-se o quanto soa clichê, elas fazem parte de mim. 

Sou o que fui absorvendo. Das músicas, dos livros, dos filmes, das pessoas, dos lugares... 

Priscila Lima 
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