pálpebras em teiavou escrever um poemasobre qualquer coisa: inédito -o poetajamais carrega a palavraao ritmo das coisas insanasé o poeta insanoaqui e agora que convergetudo e a todos aos instantese verga a alma que o afligede pulsos sulcos saltosque busca distante- insólitotão somenteonde o poema se faz memóriaembriagado tece o veludo da palavracomo se lavra a trêfega terraausente de si mesmo e de tudoe de todos que o cercamque o amam em segredoo poeta assim como o homemcavalga imutável o tempo e não sabe o medovou examinar o poema:sair dele como se saipela porta após fechá-la- devorado e inevitável -esta palavra que me é tardiacomo a febre prévia anoiteceem queda a alma vadiahá a nostalgia do (im)possívelesse (des)caminho desesperadomas também há a perdado que jamais existiu !?o poeta e o homemno desenlace da palavrae do poema solosó e em silêncio se retirasem o inédito e o insólitomuito menos o poema logo
Lindo... Att.,Luks
pálpebras em teia
ResponderExcluirvou escrever um poema
sobre qualquer coisa: inédito -
o poeta
jamais carrega a palavra
ao ritmo das coisas insanas
é o poeta insano
aqui e agora que converge
tudo e a todos aos instantes
e verga a alma que o aflige
de pulsos sulcos saltos
que busca distante
- insólito
tão somente
onde o poema se faz memória
embriagado tece o veludo da palavra
como se lavra a trêfega terra
ausente de si mesmo e de tudo
e de todos que o cercam
que o amam em segredo
o poeta
assim como o homem
cavalga imutável o tempo
e não sabe o medo
vou examinar o poema:
sair dele como se sai
pela porta após fechá-la
- devorado e inevitável -
esta palavra que me é tardia
como a febre prévia anoitece
em queda a alma vadia
há a nostalgia do (im)possível
esse (des)caminho desesperado
mas também há a perda
do que jamais existiu !?
o poeta e o homem
no desenlace da palavra
e do poema solo
só e em silêncio se retira
sem o inédito e o insólito
muito menos o poema logo
Lindo...
ResponderExcluirAtt.,
Luks