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segunda-feira, 10 de setembro de 2012


Precisa de um reencontro. O que tem a fazer? Volta às antigas folhas de cadernos, agendas, datas marcadas, tantas as coisas que já passaram por ela. Vai à busca de quem foi pra tentar entender a confusão que a prende em cada novo dia. 

Como o tempo esperado a faz transformar os sentimentos. Como a paciência se esgota. Como as dúvidas vão penetrando tão forte. Como decide apagar tudo pra recomeçar. 

Pensa em queimar as folhas antigas. Pensa em construir uma pessoa nova. Mesmo nome, mesmo rosto, mesma voz. Mas seus silêncios mudam de significado. Suas frases perdem a clareza até que tenha, finalmente, coragem de falar com todas as letras o que a transformou. 

Parte cedo demais... de uma ou outra palavra, dessas que deveriam preencher frases longas cheias de explicações. Mas não consegue evitar e deixa o subtendido, deixa o que viria ser, completar a frase precipitadamente. Interrompe a voz do outro com uma respiração mais forte. Com o “não sei”, que deveria mas não conduz a nada. Não deixa o tempo ser natural, com medo das certezas. É mais fácil impregnar-se de dúvidas. 

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