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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

De quem se despede...


O abraço de despedida é o mais forte possível. Nele, nesse que aparece sem se anunciar, você coloca as esperanças, as angústias, coloca o sorriso e o choro por ter que deixar ir. E, antes do outro, despede-se do sentimento que abrandou e cultivou por certo tempo. 

Certo tempo. Certo tempo. 

Tempo que se tornou insuficiente, que não foi capaz de sufocar as distâncias. Dos sentimentos que teve, o aprendizado não ficou. Ele ressuscitou as antigas histórias, fez sentir saudade e apegar-se a fotografias de um tempo em que o sorriso era mais leve, era imprudente... 

Porque a felicidade, sim, a gente tem o dever de espalhar. E que o vento faça-a alcançar outros. 

Deixa ir, dessa vez, com um sorriso mais leve. Antes a pausa, antes o ponto, do que a interrogação que as reticências significam. Não manda mais beijos aleatórios. Vai sem cuidado trilhando o caminho do imprevisto. Imprecisões, surpresas, frases camufladas, sentimentos distorcidos. 

O feriado lhe guarda e o carnaval anunciado vai ser em silêncio. No silêncio bem-vindo. Regado às minhas próprias escolhas, ao que me surpreende e me acorda todas as manhãs. Se eu achei, por minutos, que o sorriso não viria. Ele veio. E veio mais forte que antes, porque dessa vez ele parte de mim. 

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