Páginas

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012


É o folêgo. É a respiração. É o pulso. É tão inevitável quanto. É por onde expele esses sentimentos , é quando acelera, é quando corre, pra longe, em direção. A paciência sem controle. O excesso cheio de limites. A metáfora cansada. A ironia cuidadosa. Desse jeito se explica. Desse jeito contrai o corpo pro fundo da cama, passa o colchão, passa o chão. Encontra pelo térreo o tempo perdido andando pelas ruas. Deixa a parte sufocante pelo décimo andar e desce que a vida é lá fora. Ciente do encontro. Ciente dos sentidos. Sente o toque pelos poros. Os pêlos do braço que arrepiam, a aceleração, a imagem que cuida de manter na memória, a leveza na voz que afasta. 

Chama. A linha suspende. Deixa as esperanças em espera. Pede um tempo pra viver. Aproxima o efêmero e acalma pelo canto o que quer que fique.   

Um comentário: