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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Tem o que não se esquece. O tempo que passa mais rápido do que a gente sente. Já passaram cinco anos. Seriam 107 ontem. Nem consigo imaginar o quanto de vida se guarda em uma memória dessas. Chegou longe, ultrapassou o século com a memória mais forte que a minha. Algumas imagens grudam na tela da lembrança, como se pra cada história tivesse uma fotografia pra contar. O rosto comum e forte que passou da infância, da adolescência, antes e depois de tanta coisa. O sorriso de vô que guarda uma sabedoria que às vezes essa juventude estranha não reconhece. Está presente em tanto. Em bem mais do que eu deixo perceber.

Ele fica aqui, ainda perto. Por que alguns sentimentos não são perdidos mesmo quando as pessoas, de certa forma, vão. Ainda assim, faltou dizer tanta coisa que eu fico torcendo sempre, pra que de algum lugar ele possa assistir a vida que fica. Foi o apoio em silêncio, o amor óbvio e lindo. O significado da palavra “família”. O que era, o que é. O que fica depois dele. É um aglomerado de histórias felizes que supera qualquer discussão rasa.


Na maioria dos dias, e é o que importa, abraçando e alterando um dos maiores clichês “a grama do vizinho não é mais verde, nem mais bonita que a minha”. 


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