Não aumentei uma linha, um ponto.
Não escolhi as palavras, não podei minhas vontades. Deixei a situação correr.
Acreditando demais na sinceridade alheia, presumindo um desenvolvimento
natural. Até que acabou. Até que a conversa chegou na hora mais inapropriada
possível. Clichê de fim de “relacionamento” (e haja aspas pra justificar o uso
da palavra). Um dos dois ou três únicos motivos que separam as pessoas (pelo
menos verbalmente). O sorteado da vez chegou com o sentido de “estamos em
tempos diferentes”, jeito menos explicito (ainda que tenha sido explicito) de deixar
o campo aberto. Passa um tempo sendo capaz de conhecer o outro tão
“profundamente” e no último marco, o ponto final, destrói a criatividade e pega
uma das cartas comuns. Quem suporta
ouvir um “não é você, sou eu”? A vantagem é que isso ajuda a processar a fase
do esquecimento. Quem, entre tantas, escolhe essas opções não inspira nenhum
próximo reencontro. Que passe mais tempo dessa vez. Um longo e cheio de coisas
novas, recaídas merecidas, viagens (reais e imaginárias), músicas e histórias a
serem descobertas e amadas, amigos pra encontrar. Sem economias de amor. A fase
que machuca enquanto passa acaba sendo a que mais gera frutos (de todo tipo).
Surgem inspirações novas, força pra transitar pela vida com mais coragem, o resto estou ainda esperando descobrir. Esperando não, na verdade, quase correndo atrás do que pode ser "o novo".
E eu concordo, não sou eu.
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