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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Fase: Esquecer

Não aumentei uma linha, um ponto. Não escolhi as palavras, não podei minhas vontades. Deixei a situação correr. Acreditando demais na sinceridade alheia, presumindo um desenvolvimento natural. Até que acabou. Até que a conversa chegou na hora mais inapropriada possível. Clichê de fim de “relacionamento” (e haja aspas pra justificar o uso da palavra). Um dos dois ou três únicos motivos que separam as pessoas (pelo menos verbalmente). O sorteado da vez chegou com o sentido de “estamos em tempos diferentes”, jeito menos explicito (ainda que tenha sido explicito) de deixar o campo aberto. Passa um tempo sendo capaz de conhecer o outro tão “profundamente” e no último marco, o ponto final, destrói a criatividade e pega uma das cartas comuns.  Quem suporta ouvir um “não é você, sou eu”? A vantagem é que isso ajuda a processar a fase do esquecimento. Quem, entre tantas, escolhe essas opções não inspira nenhum próximo reencontro. Que passe mais tempo dessa vez. Um longo e cheio de coisas novas, recaídas merecidas, viagens (reais e imaginárias), músicas e histórias a serem descobertas e amadas, amigos pra encontrar. Sem economias de amor. A fase que machuca enquanto passa acaba sendo a que mais gera frutos (de todo tipo). Surgem inspirações novas, força pra transitar pela vida com mais coragem, o resto estou ainda esperando descobrir. Esperando não, na verdade, quase correndo atrás do que pode ser "o novo". 

E eu concordo, não sou eu.  

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