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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Palavras...


Podemos procurar cada uma das palavras, podemos juntá-las todas. Talvez elas façam sentido, talvez elas estejam, somente, em um processo de busca. Talvez elas tentem cotidianamente atingi-los. Talvez elas busquem um comportamento de correspondência. Talvez seja mais simples escrever em terceira pessoa. Talvez seja menos intimidador. 

As suas imaginações descansam, ali... beirando as paredes de vidas alheias, algumas próximas, outras nem tanto. A poesia, ou a conversa que vai construindo não precisa de uma mirabolante ficção cientifica. Nossas vidas nunca deixaram de ser, em parte, personagens nossos. E, saiba, eu guardo as imagens de histórias que um dia talvez possa contar. 

O pôr-do-sol à beira mar. A conversa sobre livros, sobre arte. Os sentimentos não correspondidos. As pessoas que se afastam. Aquelas das quais sente falta. O vento forte da madrugada batendo rosto. O colo. Os sonhos. As decepções. Um dia podem construir vidas em terceira pessoa. 

Cada linha, ainda que com outro nome, com outra experiência, com outra idade, com outros sonhos... São as minhas escolhas saindo pela ponta dos dedos. Não devem me perguntar o quanto cada palavra é pessoal. Devem se perguntar, o quanto pode não ser? Nem eu saberia, de fato. O quanto foi vivido, o quanto foi imaginado. Será que alguém realmente acha possível mensurar sentimentos a esse ponto? 

Deixo as certezas de lado. Assim como transpareço entre sentimentos estranhos o medo de algumas palavras, medo, justamente das certezas que elas anunciam.  Deixo o amor, esse estático, aguardar por palavras mais maduras (não necessariamente pelo tempo). E vou ao encontro do verbo, o “amar” que flutua... entre lugares, experiências e pessoas.

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